quarta-feira, 25 de junho de 2014

Cadeira extensora - Vale a pena ou não?


O fortalecimento muscular do quadríceps femoral, tem sido bastante estudado nos últimos tempos, porém a literatura diverge quanto à angulação para ativação destes músculos e seus sinergistas com a utilização da cadeira extensora. Não é difícil encontramos por ai profissionais que gostem de usar bastante esse exercício em seus treinamentos. Não é difícil também encontramos profissionais que, em seus treinamentos, pedem para seu alunos uma contração maior no final da execução do movimento, dando uma "esmagada" no músculo, segundo esses profissionais o vasto medial seria mais ativado melhorando o "desenho" da coxa.

No entanto artigos científicos mostraram que essa "esmagada" na angulação final do movimento existe um maior recrutamento do vasto lateral em relação ao oliquo e medial. Aumentando inclusive o risco de lateralização da patela, uma enfermidade que deve se tomar muito cuidado ao ser tratada. Para piorar ainda essa situação também é sabido que os últimos 30 graus de extensão dos joelho existe um aumento da pressão de contato femoropatelar piorando o quadro para quem possui condromalacia patelar, problema acometido na grande maioria de mulheres.

Portanto muito cuidado quando estiver planejando seus treinamento e quando estiver executando-os com seus clientes, muito ajuda quem não atrapalha. Fique atento e mostre que tem conhecimento usando a ciência a seu favor. 

Porém a pergunta que fica, não utilizo mais a cadeira extensora?

Eu particularmente não gosto muito de utilizar pois é um exercício que trabalha menos músculo do que nos exercícios de cadeia cinética fechada, não é um exercício natural e também menos segura. Signorile em uma publicação com data de 1994 já alertava para os cuidados com esse tipo de exercício.

Caso realmente você goste muito de usá-la, faça-a com moderação, assim você preservará os joelhos dos seus clientes, o seu cliente e o seu bolso.